Retomada do Setor de Eventos

PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) Foi publicada no dia 01/11/2022, pela Receita Federal, a Instrução Normativa n° 2.114, regulamentando as regras do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos – PERSE, instituído pela Lei 14.148 de 2021. O posicionamento da Receita Federal através da publicação de Instrução Normativa era aguardado pelas empresas, visto que a Lei que instituiu o PERSE apresenta diversas lacunas no que diz respeito a sua aplicabilidade, extensão e alcance, gerando insegurança entre os contribuintes.  Linha do Tempo do PERSE: O PERSE é um programa criado pelo Governo Federal paracompensar economicamente os efeitos negativos que a pandemia gerou no setor deeventos, permitindo a aplicação de alíquota zero sobre os tributos IRPJ, CSLL,PIS/PASEP e COFINS por 5 anos. Como esperado, a Receita Federal reduziu o alcance do Programa previsto na Lei, esclarecendo principalmente que: > o benefício é aplicável somente por empresas com atividades ligadas diretamente aos setores de eventos e turismo, excluindo os resultados de quaisquer outras atividades econômicas não relacionadas a estes setores; > o benefício não se aplica ao PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação; > O benefício não se aplica às empresas no Simples Nacional; > A empresa que apura IRPJ e CSLL pela sistemática: >> Lucro real deverá apurar o lucro da exploração; e  >> Do lucro presumido ou arbitrado, não deverá computar as receitas beneficiadas na base de cálculo  dos referidos tributos;  > No caso do PIS/PASEP e da COFINS, a empresa deverá segregar as receitas beneficiadas da receita bruta total, sobre as quais será então aplicada a alíquota de 0% (zero por cento); e > O benefício fiscal aplica-se ao período de março de 2022 a fevereiro de 2027. Confira a íntegra da Instrução Normativa nº 2.114/2022 abaixo: Instrução Normativa RFB N° 2114, de 31 de outubrode 2022(Publicado(a) no DOU de 01/11/2022, seção 1, página 39) Dispõe sobre a aplicação do benefício fiscal previsto no art. 4º da Lei nº 14.148, de 3 de maio de 2021, que instituiu o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O SECRETÁRIO ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 350 do Regimento Interno da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria ME nº 284, de 27 de julho de 2020, e tendo em vista o disposto no art. 4º da Lei nº 14.148, de 3 de maio de 2021, e na Portaria ME nº 7.163, de 21 de junho de 2021, resolve: Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre a aplicação do benefício fiscal previsto no art. 4º da Lei nº 14.148, de 3 de maio de 2021, que instituiu o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Art. 2º O benefício fiscal a que se refere o art. 1º consiste na aplicação da alíquota de 0% (zero por cento) sobre as receitas e os resultados das atividades econômicas de que tratam os Anexos I e II da Portaria ME nº 7.163, de 21 de junho de 2021, desde que eles estejam relacionados à: I – realização ou comercialização de congressos, feiras, eventos esportivos, sociais, promocionais ou culturais, feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios ou espetáculos em geral, casas de eventos, buffets sociais e infantis, casas noturnas e casas de espetáculos; II – hotelaria em geral; III – administração de salas de exibição cinematográfica; e IV – prestação de serviços turísticos, conforme disciplinado pelo art. 21 da Lei nº 11.771, de 17 de setembro de 2008. Parágrafo único. O benefício fiscal não se aplica às receitas e aos resultados oriundos de atividades econômicas não relacionadas no caput ou que sejam classificadas como receitas financeiras ou receitas e resultados não operacionais. Art. 3º O benefício fiscal a que se refere o art. 1º aplica-se exclusivamente aos seguintes tributos: I – Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ); II – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); III – Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep); e IV – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Parágrafo único. O benefício fiscal não se aplica à Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços (Contribuição para o PIS/Pasep-Importação) e à Contribuição Social para o Financiamento daSeguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (Cofins-Importação). Art. 4º O benefício fiscal a que se refere o art. 1º aplica-se às pessoas jurídicas de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 1º da Portaria ME nº 7.163, de 2021, desde que: I – apurem o IRPJ pela sistemática do Lucro Real, do Lucro Presumido ou do Lucro Arbitrado; e II – em 18 de março de 2022  a) estivessem exercendo as atividades econômicas constantes do Anexo I da Portaria ME nº 7.163, de 2021, para fins de aplicação do benefício a receitas ou resultados decorrentes dessas atividades; ou b) estivessem com inscrição em situação regular no Cadastur, para fins de aplicação do benefício a receitas ou resultados decorrentes de atividades econômicas constantes do Anexo II da Portaria ME nº 7.163, de 2021. Parágrafo único. O benefício fiscal não se aplica às pessoas jurídicas tributadas pela sistemática do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 dedezembro de 2006. Art. 5º Para fins de apuração do IRPJ e da CSLL, a pessoa jurídica que apura o imposto sobre a renda pela sistemática: I – do lucro real deverá apurar o lucro da exploração referente às atividades referidas no art. 2º, observadas as demais disposições previstas na legislação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza; ou II – do lucro presumido ou arbitrado não deverá computar, na base de cálculo dos referidos tributos, as receitas decorrentes das atividades referidas no art. 2º. Art. 6º Para fins de apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, a pessoa jurídica deverá segregar, da receita bruta, as receitas decorrentes das atividades referidas no art. 2º, sobre as quais será então aplicada a alíquota de 0% (zero por cento). Art. 7º O benefício fiscal a que se refere o art. 1º …

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